Belém, a capital do Pará, foi fundada no ano de 1616 em 12 de janeiro, a partir da construção do Forte do Presépio pelas forças portugueses que ocupavam a região.

A região onde se encontra Belém do Pará era inicialmente a movimentada região indígena de Mairi, moradia dos Tupinambás e Pacajás. A fundação teve como objetivo ocupar a então Conquista do Pará também chamada de Império das Amazonas, localizado na então Capitania do Maranhão, assegurando assim o domínio na Amazônia Oriental e das drogas do sertão, que os estrangeiros disputavam
A fundação de Feliz Lusitânia iniciou um período de batalhas contra holandeses, ingleses e franceses no processo de assegurar o domínio da região e contra os habitantes iniciais da região, em um processo de colonização e escravização tentando implantar um modelo econômico baseado na exploração do trabalho indígena e dos recursos primários. Resultando na Revolta Tupinambá, que em janeiro de 1619 tomaram o Forte do Castelo, mas Gaspar Cardoso mudou o curso da guerra ao matar o cacique-guerreiro Guamiaba Tupinambá, resultando em suspensão dos ataques para realização do funeral.

Muitas revoltas indígenas ocorrem até julho de 1621, quando em 1639 Bento Maciel Parente, sargento-mor da capitania do Cabo Norte, investiu sobre a aldeia dos índios Tapajós, dizimando-os e dominando a Conquista do Pará que posteriormente foi transformada na então Capitania do Grão- Pará com sede em São Luiz. O povoado foi elevado à categoria de município com a denominação de Santa Maria de Belém do Pará e posteriormente Santa Maria de Belém do Grão Pará até a atual Belém.
A partir de meados do século XVII, intensificou-se o processo de arruamento e expansão do espaço urbano da atual Belém. Além da então cidade, que hoje é conhecida como o bairro de Cidade Velha, a chegada das famílias açorianas no ano de 1676 deu origem à abertura de novas ruas e a uma nova área, denominada como Campina.
A cidade experimentou um grande crescimento a partir do século XVIII, com a nomeação do irmão de Marquês de Pombal para o cargo de governador do então estado do Maranhão e Grão-Pará. Além do incremento populacional que ocorreu à época, Belém se tornou um dos centros administrativos e econômicos da província, sendo elevada à categoria de cidade. Com a criação do estado do Grão-Pará, a cidade se tornou a sua capital em 1774.
O ciclo da borracha do século XIX foi um momento bastante próspero para Belém, que viu seu espaço urbano ser incrementado, além de grande crescimento populacional pela chegada de correntes de imigrantes brasileiros e estrangeiros. Na transição para o século XX, a capital passou por um intenso processo de modernização e instrumentalização urbana, que arrefeceu com o declínio da borracha brasileira. Novos ciclos de expansão e verticalização surgiram, e hoje Belém representa uma das cidades mais importantes não só do Pará, como da Região Norte do país.

O município é formado por duas partes: a área continental e área Insular composta de quarenta e duas ilhas. É o município mais populoso do Pará. O clima é do tipo Equatorial, que proporciona como características locais um clima com altas temperaturas, grande volume de chuvas e a elevada umidade. Atualmente o município de Belém possui cerca de 1.303,403 habitantes, conforme dados do Censo realizado em 2022 pelo IBGE. A economia de Belém tem como destaque as atividades terciárias, como comércio e serviços. A cidade possui, ainda, algumas indústrias de grande porte. A música é muito diversa. Os gêneros mais tradicionais são: o calypso, carimbó, guitarrada, brega paraense, e o tecnobrega.