Movimento busca garantir protagonismo de povos indígenas, quilombolas e ribeirinhos nas decisões sobre o clima, em contraponto ao modelo oficial da COP30
Um movimento que nasce da base
O COP do Povo é um movimento social que articula povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, agricultores, pescadores, ativistas ambientais e defensores de direitos humanos em torno da luta por justiça climática e territorial.
Em Belém as atividades da COP do Povo estão ocorrendo na Travessa Piedade, N° 426, Bairro Reduto. No espaço consolidou-se uma iniciativa paralela e nasce como um espaço de encontro, articulação e resistência, no qual é utilizado para fortalece3r os diálogos que a COP costuma deixar à margem.
A proposta central do movimento é simples, mas ambiciosa: colocar as pessoas que vivem nas florestas, rios e campos no centro das decisões sobre o futuro do planeta.

A Casa da COP do Povo: ponto de encontro e resistência
Um dos marcos da iniciativa é a Casa da COP do Povo, inaugurada em Belém como um centro de mobilização e diálogo entre movimentos populares, organizações ambientais e comunidades tradicionais.
O espaço recebe oficinas, rodas de conversa, apresentações culturais e encontros formativos, tornando-se referência para quem busca compreender o olhar das bases sobre a crise climática.
A casa também funciona como sede simbólica e logística da mobilização para a COP30, abrigando reuniões preparatórias e ações culturais que antecedem o evento oficial.
Justiça ambiental e incidência política
O COP do Povo estrutura sua atuação em eixos que conectam questões climáticas, sociais e territoriais.
Entre eles estão:
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Protagonismo das comunidades tradicionais: garantir voz ativa a quem vive e protege os territórios.
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Denúncia de injustiças ambientais: combater o desmatamento, o racismo ambiental e a violência contra defensores e defensoras do meio ambiente.
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Incidência política: pressionar governos e empresas por medidas que respeitem os direitos humanos e os modos de vida locais.
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Mobilização cultural: usar a arte, a música e a comunicação popular como instrumentos de resistência e conscientização.

O contraponto à conferência oficial
Com a proximidade da COP30, o movimento pretende organizar uma programação paralela, com marchas, assembleias populares, debates e o chamado Tribunal dos Povos, que pretende “julgar” simbolicamente práticas e políticas que violam direitos ambientais.
A intenção é criar um “território do povo” dentro da COP — um espaço autônomo e aberto para que vozes tradicionalmente silenciadas possam apresentar suas propostas para enfrentar a crise climática.
Para te acesso as programações basta te acesso as redes sociais do evento e nos horários fora de atividades realizar agendamento através do email: copdopovobrasil2025@gmail.com.
Um novo paradigma para o debate climático
Para os integrantes do COP do Povo, enfrentar as mudanças do clima exige mais do que metas de redução de carbono: é preciso reconhecer o papel das comunidades que historicamente cuidam da terra e da água.
O movimento defende que sem o fortalecimento dos territórios e sem segurança para seus povos, não há política climática eficaz.
O desafio, agora, é transformar mobilização em resultados concretos — seja na demarcação de terras, na proteção de defensoras e defensores ambientais ou na inclusão real dessas vozes nos fóruns de decisão globais.
Um movimento que veio para ficar
Mais do que um evento paralelo, o COP do Povo se consolida como uma rede permanente de articulação e resistência.
Sua presença crescente nas redes e nas ruas da Amazônia mostra que há um novo ator político no debate climático brasileiro — um movimento que reivindica não apenas ser ouvido, mas decidir o próprio futuro.
Por Equipe Fato ou Fake Notícias.
