Tuíre Kayapó Mẽbêngôkre protagonizou um dos momentos mais marcantes da luta do povo Kayapó, na década de 1980, durante 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, quando encostou a lâmina do seu facão no rosto do então diretor da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes. A Ativista indígena brasileira e membro do povo Kayapó – ou Mẽbêngôkre ganhou notoriedade durante a luta contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no estado do Pará.

O gesto simbólico que foi registrado pela mídia presente no local, deixou registrado sua imagem na luta dos povos indígenas na região e fez de Tuíre um ícone pela preservação do meio ambiente. A imagem de Tuíre com o facão levantado tornou-se um símbolo do movimento indígena no Brasil e ganhou repercussão internacional, chamando a atenção para os impactos negativos de grandes projetos de desenvolvimento na Amazônia sobre os povos indígenas e o meio ambiente.
O legado deixado por Tuíre Kayapó Mẽbêngôkre continua a ser relevante, especialmente em tempos de intensificação dos debates sobre preservação ambiental e direitos indígenas no Brasil e no mundo. Sua luta inspira novas gerações a resistirem contra projetos que ameaçam a vida e a cultura dos povos originários.
Tuíre Kayapó Mẽbêngôkre morreu aos 57 anos de idade, no dia 10 de agosto de 2024, após anos de luta contra um câncer de útero. Lideranças e autoridades nacionais lamentaram a morte da liderança indígena. “Hoje perdemos a liderança Tuíre Kayapó, uma referência na defesa dos povos originários do nosso país. Solidariedade aos familiares e amigos de Tuíre”, escreveu o presidente Luís Inácio Lula da Silva.