O Pará vai adotar o Radar Mining Monitoring (RAMI) para prevenir e monitorar a ocorrência de ilícitos ambientais em áreas de garimpo ilegal. O RAMI foi utilizado em uma cidade no Peru e teve bons resultados na redução do desmatamento. A ferramenta será utilizada inicialmente para identificar atividades de mineração ilegal na Região de Integração Tapajós, no Sudoeste do Pará.

O funcionamento do RAMI foi apresentado ao titular da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), Mauro O’de Almeida, à representantes de órgãos parceiros, e a técnicos do Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (CIMAM) e das diretorias de Geotecnologias, Licenciamento Ambiental e de Fiscalização.

Durante a apresentação também iniciou-se o treinamento para manusear a ferramenta, interpretar e qualificar os dados fornecidos.

Nova ferramenta promete identificar atividades de mineração ilegal no Pará – Foto Gustavo Basso/NATIONAL GEOGRAPHIC

Semelhanças territoriais

O representante da ONG Conservação Amazônica (Conservación Amazónica/ACCA), Sidney Novoa, disse que Pará e Peru têm semelhanças territoriais, como a presença de Terras Indígenas, Unidades de Conservação e Áreas de Proteção Ambiental, além de parques nacionais e áreas com sobreposição.

De acordo com a SEMAS, o interesse se deu, principalmente, pela capacidade do RAMI de atravessar a cobertura de nuvens.

Além de monitorar atividades minerárias ilegais, o RAMI será usado para fiscalizar empreendimentos licenciados, colaborando para monitorar as áreas licenciadas para a mineração, a fim de saber se o empreendimento está cumprindo como foi determinado no momento do licenciamento.

Região do Tapajós tem maior foco de extração ilegal de ouro

A área escolhida para iniciar o funcionamento do RAMI tem ligação direta com o volume da atividade no local.

A adoção da ferramenta é promovida pela SEMAS em conjunto com o Programa Servir Amazônia, desenvolvido pela Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) dos Estados Unidos e pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID). A transferência de tecnologia é feita em parceria com as Organizações Não Governamentais (ONGs) Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (IMAFLORA) e Conservación Amazónica.

By FFN

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